quinta-feira, 27 de maio de 2010

.A Beleza de Deitar.

E a beleza da coisa toda se resume em pequenos momentos.
Se você abrir seus olhos e sentidos tudo vai ser mágico, o corpo nú, a silhueta à meia luz, o cheiro da outra pessoa, o toque das mãos. Sentirá que tudo pode ser completo, como quis o criador, encaixados, como um eclipse milenar.
O movimento do corpo, o arfar dos pulmões ofegantes, o jeito com que o peito sobe e desce ao respirar, tudo em perfeito ballet divino.
O suor, os gemidos, as portas da alma abertas, o coração em paz, as pernas trêmulas. A mordida fatal na maçã, o elo entre os opostos, pontos divergentes e ao mesmo tempo tão paralelos.
Os beijos desesperados, a saudade guardada, abafada e sufocada explodindo. O desejo, o ego e nescessidade. O desigual.
E o amor nas pontas dos dedos caminhando nas suas costas, no hálito quente do outro lado da cama, no cheiro de vida. O amor nas cortinas, nas palavras confusas, na timidez e na entrega.
Se faz frio tudo é quente, se chove é nada além de chuva. Se calado é secreto, se escandaloso é desesperado, desenfreado, inquieto.
Se vem do olhar é intenso, se vem do nada é sorrateiro e se vem com tudo é fatal. Afoga os problemas, as magoas e desavenças. Te come, consome e torna quem tu és.
E quem pode negar, algo que te mantem numa forma tão sublime que se torna tão vital quanto os batimentos cardiacos?







Por hoje é só.
Câmbio, desligo!

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