quinta-feira, 27 de maio de 2010

.A Beleza de Deitar.

E a beleza da coisa toda se resume em pequenos momentos.
Se você abrir seus olhos e sentidos tudo vai ser mágico, o corpo nú, a silhueta à meia luz, o cheiro da outra pessoa, o toque das mãos. Sentirá que tudo pode ser completo, como quis o criador, encaixados, como um eclipse milenar.
O movimento do corpo, o arfar dos pulmões ofegantes, o jeito com que o peito sobe e desce ao respirar, tudo em perfeito ballet divino.
O suor, os gemidos, as portas da alma abertas, o coração em paz, as pernas trêmulas. A mordida fatal na maçã, o elo entre os opostos, pontos divergentes e ao mesmo tempo tão paralelos.
Os beijos desesperados, a saudade guardada, abafada e sufocada explodindo. O desejo, o ego e nescessidade. O desigual.
E o amor nas pontas dos dedos caminhando nas suas costas, no hálito quente do outro lado da cama, no cheiro de vida. O amor nas cortinas, nas palavras confusas, na timidez e na entrega.
Se faz frio tudo é quente, se chove é nada além de chuva. Se calado é secreto, se escandaloso é desesperado, desenfreado, inquieto.
Se vem do olhar é intenso, se vem do nada é sorrateiro e se vem com tudo é fatal. Afoga os problemas, as magoas e desavenças. Te come, consome e torna quem tu és.
E quem pode negar, algo que te mantem numa forma tão sublime que se torna tão vital quanto os batimentos cardiacos?







Por hoje é só.
Câmbio, desligo!

terça-feira, 18 de maio de 2010

. A sua escolha.

Acredite fielmente no engano que eu sou. Aquela parte ruim de mim está se esgueirando pelas janelas querendo entrar. E a timidez vai sumir, o olhar terno, as mãos quentes, Tudo isso vai sumir. Eu vou entrar em você e arrancar tudo o que você tem por dentro e quando pensar no vazio, vai se lembrar de mim.
Mas não tenha medo não amor, por que tudo está apenas começando e se você vier comigo, eu ensino a enchergar as coisas no imenso breu.
O meu extremismo vai nos consumir, vamos perecer.
Você não está cansado? Por que eu posso ver isso dentro de você. Aquele desinteresse por pessoas comuns, rotina comum, sentimentos comuns. Nada mais pode te suprir, por que as coisas vão perder a beleza qdo você abrir os seus olhos pela manhã.
Você vai levantar e ver as mesmas pessoas, ouvir os mesmos assuntos e fazer o mesmo trabalho e antes de dormir não vai sentir absolutamente nada.
O marasmo te come e você não nota até estar completamente submerso nesse monte de lama.
A sua coragem, extinto e adrenalina estão morrendo com você, a sua vontade e todos aqueles seus momentos infímos de prazer são apenas superficiais. As suas pequenas Orgias e seus despudores não irão mais te satisfazer, nada mais irá te sarisfazer.
Então se você naquele seu momento quer ir embora daqui, Por que não vai?
Se você não faz o que você sempre quis fazer, se fica se privando de viver, roendo as unhas antes de dormir. Você não sabe mais se preencher?
As coisas felizes te deprimem e tudo o que você vive se baseia em momentos?
As suas mulheres são efusivas, iguais, satisfazem sua carne e ainda assim deixam aquele imenso buraco negro dentro do seu peito.
Você tem as escolhas em suas mãos. Quer ver como eu vejo?
Aquela beleza blasfemica das coisas, enxergar além do rosto das pessoas, encontrar um sentido melancólico e belo como o final da ópera. Viver com esse meu cordel noturno no teu pescoço.
Escolha as suas armas meu bem.
Até onde você é capaz de ir?
Pense nisso.


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Sem Mais.

domingo, 16 de maio de 2010

.Felicidade Feminina.

[[Se alguem for cruel o suficiente para magoar você quando você mais precisa, Então isso significa que ele não é real. São como aqueles fachos de luz momentâneas vindo do sol, Ilumina e aquece e faz você se sentir bem, Mas partem com a mesma velocidade fantastica com que chegam.
E as lágrimas lavaram minha mente o suficiente pra me fazer perceber que tudo vai passar e certos acontecimentos e pessoas me fazem notar que se desesperar não adianta em muita coisa.
Aqueles momentos que de repente fizeram você acreditar que era feliz se vão, como se tivessem sido apenas uma alucinação noturna, mas você sabe que um dia ela esteve ali por que você ainda pode sentir o vento no seu rosto. Afinal, Quem pode me ditar uma regra que defina o que é e o que não é real?
FATO: A felicidade de uma mulher dura pelo tempo que o amor as fazem acreditar nela!
FATO:A minha felicidade se resume na quantidade de vezes em que eu me levanto depois de tantas covardias.
Então vou morrer sem saber qual é o problema em ser suficientemente inocente por ainda acreditar nesse tal AMOR.]]



~Com as suas mãos pequenasEm gestos desconfiados e misticos,Em gestos de pausas e fins,Em gestos de adeus.Com a voz dormente,Em suaves tons me difama,Me rasga e me convence,Me discerta devassa.E o que me resta?Além de cacos e promessas?Além de coisas incertas pequenas?Além do nada do teu lado da cama?O que me resta?Além das lembranças ainda quentes,Dos sussurros ainda latentes,Das palavras mal ditas?Além de dor o que me resta?Além do cheiro desse teu cabelo,Além de minimalismos e saudade,Além de mim?E nada posso fazer se nem mais meu choro te convense,Se nem mais minhas palavras te pertencem,Se nada mais tem sentido algum,Não há nada.E do jeito que você quis, Sózinha,Eu débil levantar como quem vai pra guerra,Cobrir o rosto pra vida e andar em passos incertos,Cobrir a descepção.Do jeito que nós pudemos, distantes,Vou reconstruindo o que sobrou da tempestade,Colocando as pedras em seus devidos lugares,Exorcisando você de mim.E o que me sobra,Além de deitar e ver as horas passarem,Esperando uma razão pra acreditarQue tudo pode ficar bem?A minha boca lentamente se abre,O coração desenfreado se tranca,E sem saída, sem escolha,Desenho sózinha um Adeus.



Por Hoje é só.
Câmbio, Desligo!

domingo, 9 de maio de 2010

.FALTA.

Livros, copos, Instinto
Lento e possessivo
Jornais, espelhos e medo
Tudo é frio e quente.

Tudo é seco,
O ar, as cores, o eco
Tudo eh difuso,
Inconstante, Obtuso.

E mulher que sou em meus rituais
Chamo teu nome sem te ter
Chamo teu nome sem saber
Chamo por chamar Teu nome.

Mas não é amor,
Nem ódio, nem paixão
É uma coisa que nasce sózinha
Sem se denominar.

Nem eu nasci perfeita
Nem teu cólo me regeita
Tão pouco me aquece
Nem me sustenta.

E aquilo que foi tão claro
Tão claro será pra sempre
Nem se decendem ou se apagam
Apenas permanecem.

Não sei mentir, nem fingir ou camuflar
Não sei roubar, coagir ou matar
Não sei cantar mais canto
Porque a vóz não me falta.

Se parece tão fácil,
Olhai o corpo meu perdido nas horas
Como é oco por fora e aflito por dentro
E como praga essa saudade me devora.

Mas meus pés insistem em me sustentar
Mesmo quando eu quero cair
E minha boca murmura
Mesmo quando quero me calar.

O peito arde como os olhos sem sono,
As mãos soam como o corpo semi-lúcido
Um vendaval me deixa destroços
Mas meus pés ainda insistem em me sustentar.

Eu vou gritar bem alto
Gritar pra saudade
Gritar pra esperança
Gritar só pra ver se alguem me responde.

E em meus rituais,
Vou abraçar sózinha a solidão do vacuo
Deitar e perecer,
Porque é só o que me resta.

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Por Hoje é Só.
Cambio, Desligo!