sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um brinde!

Proponho então um brinde, ao retorno da minha inspiração poética cretina e dolorosa, aos que como eu tiveram suas crenças ameaçadas e esmagadas, aos filhos nossos que impedimos de nascer, ao prazer pela dor e à dor pelo amor. À todos os amigos tortos e à persistência pela tortura. Proponho um brinde aos amores verdadeiros que deixamos partir, ao medo que deixamos sucumbir, ao começo do fim, ao avesso e ao acaso. Um brinde aos que nos dão asas e nos impedem de voar. Um brinde à beleza das coisas cruéis, às despedidas, às nossas escolhas mudas, ao que somos e ao que deixamos de ser. Um brinde à paixão, à chegada e à minha partida. Um brinde!

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